tag:blogger.com,1999:blog-87623956185490934182024-03-05T07:39:17.131-03:00Não existe pecadoMinha coleção de bossa nova é incompleta. Não terminei de ler Chega de saudade. Me divirto com Martha Medeiros. Ainda não li nenhuma obra inteira dela. Minhas palavras retratam minha superficialidade. Aqui, vez ou outra, alguma crônica do meu cotidiano jornalístico. O restante é real ou invenção. Da minha cabeça ou da minha vivência. Aconteceu comigo ou com outro João. Que fique assim: no jornal, até a vírgula é verdadeira. Aqui, não importa. É alma. É coração.Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.comBlogger188125tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-52007812545854001892008-12-08T21:29:00.001-02:002008-12-08T21:31:46.367-02:00Inverter a situação - questionário para heterossexuais<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-wNfJ_19j4rG-WWyyx45WIqFDrxEDdzwqx8-LQomZQP6xAUW9kMfMG6W6pQJD84apVqQQY9wQ2XJeWbPlEvSKJz-r9X_dnRp0ychSnLjHzDNqkjuyKrq3jkk5aFzLQ00cLNGwNdvW2jGy/s1600-h/casal-homossexual.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5277565896578811282" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 230px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-wNfJ_19j4rG-WWyyx45WIqFDrxEDdzwqx8-LQomZQP6xAUW9kMfMG6W6pQJD84apVqQQY9wQ2XJeWbPlEvSKJz-r9X_dnRp0ychSnLjHzDNqkjuyKrq3jkk5aFzLQ00cLNGwNdvW2jGy/s400/casal-homossexual.jpg" border="0" /></a><br /><div>O jornalista Renato Pompeu apresenta um questionário distribuído a alunos de 14 anos, no terceiro ano do secundário no Instituto Móstoles (Madri), e que fez parte do seminário "Preconceitos e Estereótipos – Inverter a Situação". As perguntas ajudam a ‘desnaturalizar’ o modelo heterossexual, que alguns equivocadamente supõem ser válido para todo ser humano. Esta suposição equivocada é a fonte da homofobia e da intolerância.<br /></div><div>Fonte: Caros amigos (maio de 2008)</div><br /><div><br />1. O que você pensa que causou a sua heterossexualidade? </div><div><br />2. Quando e como você decidiu que era heterossexual? </div><div><br />3. É possível que a heterossexualidade seja apenas uma fase que você possa superar? </div><div><br />4. É possível que a sua heterossexualidade derive de um medo neurótico em relação às pessoas do seu próprio sexo? </div><div><br />5. Se você nunca teve relações com uma pessoa do seu próprio sexo, não pode ser que o que você precisa é de um bom amante do seu próprio sexo? (...) </div><div><br />8.Por que você insiste em ostentar sua heterossexualidade? Por que você não pode ser simplesmente quem é e ficar numa boa? (...) </div><div><br />10. Parece haver muito poucos heterossexuais felizes. Foram desenvolvidas técnicas que podem ajudá-lo a mudar. Você já considerou a possibilidade de fazer terapia de reversão? </div><div><br />11. Considerando a ameaça que constituem a fome e a superpopulação, a raça humana poderia sobreviver se todos fossem heterossexuais como você?</div><div> </div><div>Extraído de: <a href="http://www.diversidadecatolica.com.br/bibliografia_questionario_heterossexuais.asp">http://www.diversidadecatolica.com.br/bibliografia_questionario_heterossexuais.asp</a></div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-75811688959420537422008-11-16T13:06:00.003-02:002008-11-16T13:12:49.295-02:00Bem-vindo a Goiânia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_MrsDpu-MyFKrCajPyH10-4JoowtN6MnRUgQ24dJHDirnr-hlErzMdR3GF50mbDwpqB-oFnNzAGOCigxYmGeQCnhHUCS0oJBhK7neKjrJa2m7wSrSGv3mFvyb0dj4xjHzGczcFT-nX1Kv/s1600-h/20080420-cliente%2520que%2520interfere.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5269273249215344898" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 369px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_MrsDpu-MyFKrCajPyH10-4JoowtN6MnRUgQ24dJHDirnr-hlErzMdR3GF50mbDwpqB-oFnNzAGOCigxYmGeQCnhHUCS0oJBhK7neKjrJa2m7wSrSGv3mFvyb0dj4xjHzGczcFT-nX1Kv/s400/20080420-cliente%2520que%2520interfere.jpg" border="0" /></a><br />“Uma água sem gás, por favor”<br />“Tá trocado?”<br />“Sim, mas se não estivesse?”<br />“Eu não ia vender!”<br />“Não entendi”<br />“Tô falando. Não dia vender”<br />“Mas você não pode se recusar a vender por motivo nenhum, muito menos porque o dinheiro não está trocado”<br />“Se não estivesse trocado eu não ia vender. E ponto”<br />“Já pensou se você dá o azar de falar a mesma besteira para o superintendente do Procon, por exemplo?”<br />“Não tô nem aí”<br /><br />Sábado, 15 de novembro de 2008, às 19 horas<br /><br />O diálogo acima é tão irreal que pensei que Janeth, caixa do Ad’Oro no Flamboyant, estivesse brincando. Mas não estava. Antes de encontrar uma amiga que jantaria comigo, passei lá apenas para comprar uma garrafa de água. Estupefato, acabei comprando a água, o que eu não deveria ter feito, porém, gosto tanto do restaurante que ainda tive a coragem de voltar lá mais tarde para jantar com a amiga que eu esperava.<br />É nestas horas que eu tenho a certeza de que estou em Goiânia, a capital mundial da péssima qualidade de atendimento. O pior é que o problema não é apenas na capital. Estabelecimentos de todos os setores de cidades turísticas goianas pecam pelo despreparo dos atendentes e, por vezes, até dos proprietários – o que não é o caso do Ad’Oro - que se colocam na linha de frente.<br />Que visão o comércio e todo o setor de serviços de Goiânia tem de um cliente? Alguém que está pedindo um favor? É o que parece. Lá fora, a imagem que se tem dos goianos é a de que são pessoas educadas, gentis, hospitaleiras. A média geral pode até ser, mas garçons e caixas – salvas algumas exceções; a minoria, infelizmente - deixam muito a desejar.<br />Qual é a origem do problema? Não sei. Sei que, em alguns casos, é o salário baixo e a péssima qualidade de vida no trabalho – o que também não sei se é o caso de Janeth. Mas é o cliente que, além de não ter nada a ver com isso ainda é o responsável pelo pagamento do salário do funcionário, tem de pagar o pato?<br />Eu não sou um consumidor muito exigente, contudo, não consigo ficar calado quando me sinto agredido e julgo que o serviço não está condizente com o pagamento. O que não admito é que falte o básico: respeito e educação. É por esta e outras que 10%, ao menos em Goiânia, deveria ser taxa a ser cobrada para pouquíssimos estabelecimentos, bem poucos.<br /><div></div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-62362889186139508422008-11-15T13:03:00.000-02:002008-11-15T13:04:00.647-02:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiACyy2JRto1pcmy-1KPQ6CmIVZfNu_Paw4DYcUBsj4rpw2LHbJefG3GzH_fMzScYg1Gb3_oR5feSoQH8Ka2QTt8Q6PmfIJpXxoSzTZ9ylZ41jnnRkrKNwB3DgzLes7YRz8F0F25_dtg8-n/s1600-h/convite+jn+(gg).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5268900212817141650" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 242px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiACyy2JRto1pcmy-1KPQ6CmIVZfNu_Paw4DYcUBsj4rpw2LHbJefG3GzH_fMzScYg1Gb3_oR5feSoQH8Ka2QTt8Q6PmfIJpXxoSzTZ9ylZ41jnnRkrKNwB3DgzLes7YRz8F0F25_dtg8-n/s400/convite+jn+(gg).jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-79353536743165949992008-11-06T21:32:00.003-02:002008-11-06T21:44:10.185-02:00Sagitário com ascendente em Câncer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXokJ5QpWlISk4JDzOOvkvSQLMaOWL49zu6nvJIMoY6I7ydbyR8i5nqYQMF5trpYErqKjp_Jsst5YghX8dHxkZDk_T9OV_kW0oLncWHAdZ-CDtOLpltvsc89HBLboJB-nu1tq8u5g5EtoH/s1600-h/Sol.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5265694339280216978" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXokJ5QpWlISk4JDzOOvkvSQLMaOWL49zu6nvJIMoY6I7ydbyR8i5nqYQMF5trpYErqKjp_Jsst5YghX8dHxkZDk_T9OV_kW0oLncWHAdZ-CDtOLpltvsc89HBLboJB-nu1tq8u5g5EtoH/s400/Sol.bmp" border="0" /></a><br />Inferno Astral é o período de 30 dias que antecede a data de seu aniversário. Nessa época, a cada ano, você fica mais sensível e precisa se dar a si mesmo mais atenção. Durante essa fase, recomenda-se fazer um balanço de sua vida e quando se deparar com problemas, esforce-se por resolvê-los.<br /><div></div><br /><div>Início: 23 de outubro</div><br /><div>Final: 22 de novembro</div><br /><div></div><br /><div>Fonte: <a href="http://www.astral-online.com/cgi-bin/diastral.cgi">http://www.astral-online.com/cgi-bin/diastral.cgi</a></div><br /><div></div><br /><div>O que é inferno astral? </div><br /><div>O período conhecido popularmente como "Inferno Astral" é o mês que antecede o aniversário de alguém. Nesta época, muitas pessoas acreditam viver momentos de angústia, depressão ou até mesmo azar, atribuindo as turbulências a alguma configuração astrológica misteriosa. Será que ela realmente existe e é mesmo inevitável?Existem algumas explicações para entender estes trinta dias temidos antes da inauguração de uma nova idade. O aniversário nada mais é do que o marco de um novo ciclo solar na vida de uma pessoa, ou seja, o Sol passa pelo mesmo ponto do Zodíaco que estava quando ela nasceu, sinalizando uma nova etapa para a sua consciência. Os dias que antecedem esta renovação são exatamente os últimos do ciclo anterior que a consciência vinha atravessando.</div><br /><div>Apesar de não ser uma força misteriosa desenfreada como muitos imaginam, existem explicações simbólicas consistentes para a crise do último mês de uma idade, mas isto não significa que acontecerão apenas coisas negativas na vida de alguém ou que seja impossível lidar bem com este período de transição. Todos têm livre-arbítrio e podem, ainda mais compreendendo o ciclo no qual estão inseridos, dedicarem este momento à reflexão e avaliação da etapa terminada, preparando-se sem tantos atropelos para a próxima.</div><br /><div></div><br /><div>Fonte: <a href="http://portodoceu.terra.com.br/pratica/inferno-astral.asp">http://portodoceu.terra.com.br/pratica/inferno-astral.asp</a></div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-89941274585406057452008-10-15T21:53:00.002-03:002008-10-15T21:58:41.091-03:00Lady Kate<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuABF5FF2QW2KD4rVYLQEKCX_fOoJVn2XZhhGNEepGBj-g_-mkjv7zX0Rn5VTrelyLB_Nkc8zXwMD4E_gk77-_F4WuNwP4lgZvGRoRNyT4-7T6ZdQlgOHRD6e3IXivQB_mvBevb3cDhVg7/s1600-h/Lady+Kate.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257549833312739010" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuABF5FF2QW2KD4rVYLQEKCX_fOoJVn2XZhhGNEepGBj-g_-mkjv7zX0Rn5VTrelyLB_Nkc8zXwMD4E_gk77-_F4WuNwP4lgZvGRoRNyT4-7T6ZdQlgOHRD6e3IXivQB_mvBevb3cDhVg7/s400/Lady+Kate.bmp" border="0" /></a><br /><div>É, Lady Kate, não é fácil ser emergente.</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-5878242838400324602008-09-15T21:16:00.002-03:002008-09-15T21:19:52.467-03:00“Eu gosto de meninos e meninas”<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-3p9uQhlG_yPAh9R-XAlU-m6u80ojpu11s4JECT5arvZ97ou3YXJTN_GWIuAmaUJWocBMzISTxC43uq31PRXXEY1ihIaqdYFGRtKUlEdPCfz4gPzRa8yk2mUHhi6oiO6LuydJC0nFIGoJ/s1600-h/0,,15455036,00.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5246407211756534738" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-3p9uQhlG_yPAh9R-XAlU-m6u80ojpu11s4JECT5arvZ97ou3YXJTN_GWIuAmaUJWocBMzISTxC43uq31PRXXEY1ihIaqdYFGRtKUlEdPCfz4gPzRa8yk2mUHhi6oiO6LuydJC0nFIGoJ/s400/0,,15455036,00.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI12054-8219,00-EU+GOSTO+DE+MENINOS+E+MENINAS.html">http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI12054-8219,00-EU+GOSTO+DE+MENINOS+E+MENINAS.html</a></div><br /><div></div><br /><div><a href="http://www.netinho.com.br/blog/">http://www.netinho.com.br/blog/</a></div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-29096812440859012142008-09-07T22:57:00.002-03:002008-09-07T23:01:38.463-03:00Diário de bordo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY4E5Rvi1tDeJUdOz2G5kx4aBksYIIhxZ3xvskJJoz9DNmuLWFhmBhKOLzPI64riX-KxysNIKogrddmK_f0NlsR9a0iIxUOMzVrOLJ3zaAK_rnMV8nij6kehvcmTK34M4JPOn_6ukwM8Gt/s1600-h/avi%C3%A3o.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5243464030134203554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY4E5Rvi1tDeJUdOz2G5kx4aBksYIIhxZ3xvskJJoz9DNmuLWFhmBhKOLzPI64riX-KxysNIKogrddmK_f0NlsR9a0iIxUOMzVrOLJ3zaAK_rnMV8nij6kehvcmTK34M4JPOn_6ukwM8Gt/s400/avi%C3%A3o.jpg" border="0" /></a><br /><div>Check in no Santa Genoveva é cada vez pior.<br />“Em caso de despressurização...”: Se eu andasse de avião quando criança, teria ainda mais traumas.<br />As instruções de vôo em inglês sempre me irritam. Comissário poderia se informar se há, realmente, alguém que não fale português no avião só para me poupar da repetição.<br />Tinha me esquecido que um suco e quatro pães de queijo custam 15 reais no aeroporto.<br />Executivos paulistas: “Dizem que a rodoviária deles é um shopping. E o aeroporto é essa ...”.<br />No mês de agosto, mesmo no céu é difícil separar nuvem de fumaça.<br />Nem todo comissário é Reynaldo Gianecchini. Nem toda comissária é Luana Piovani.<br />Pelo menos os passageiros das poltronas ao lado da gente podiam ter gratuitamente a simpatia paga dos comissários.<br />O melhor é viajar com notebook e DVD. Pelo menos os executivos da Brenco acham.<br />Nada como um comandante engraçadinho e metido a radialista para deixar o vôo ainda mais agradável.<br />Padre tem visual engraçado até dentro de avião.<br />As pessoas não desligam o MSN nem na sala de embarque. Só não o ligam no avião por causa do medo de derrubar a aeronave.<br />MP3 é mais comum em ônibus em Goiânia do que em avião Brasil afora.<br />Aeroporto é passarela. É onde a moda se encontra. Executivos e turistas se misturam. A combinação rende um esporte fino de dar gosto.<br />Paletó verde e tênis preto, por exemplo.<br />Jeans preto justo lavado e camisa manga longa vermelha. Peças de preços bons de Opção e Wöllner.<br />O lanche da Gol nunca vai mudar mesmo.<br />De cima, a Marginal Pinheiros é metade vermelha: luzes de freio.<br />Em Congonhas, todas as camisas masculinas parecem ser Dudalina.<br />Por causa das promoções – os vôos mais baratos sempre são à noite ou de madrugada – já tinha esquecido como o céu é lindo visto de cima.<br />Cabernet Sauvignon também dá sono. Um sono gostoso.<br />Chef da Gol, que tal um estágio na cozinha da Tam?<br />Rádio Tam toca bossa nova e entrevista com Fernanda Takai, além de mais de dez outros canais.<br />Um dia ainda vivo na ponte aérea.<m”.></div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-80163703945139708022008-08-29T14:26:00.001-03:002008-08-29T14:27:48.394-03:00Cidade de políticos tacanhos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmymk6vCDBpXAtxWATpvJmf3N422TJKONnZg8eCCFwO9dPvd88ia7N4pf1FssLrFJKXSqiwn0E7dnwLcDMp39f7ktq6ZOn3he2oHtCv6rBkz_cJZ_PJAlgR2738-jr-b6qZfm-NbtVV9BU/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5239992643611897106" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmymk6vCDBpXAtxWATpvJmf3N422TJKONnZg8eCCFwO9dPvd88ia7N4pf1FssLrFJKXSqiwn0E7dnwLcDMp39f7ktq6ZOn3he2oHtCv6rBkz_cJZ_PJAlgR2738-jr-b6qZfm-NbtVV9BU/s400/untitled.bmp" border="0" /></a><br /><div>Gosto muito de Goiânia, que me oferece boas oportunidades se comparadas com a falta de perspectivas que assolou minha origem. É uma cidade relativamente tranqüila. Só questiono a afirmação quando acesso o noticiário policial, tomo um ônibus ou procuro um salário decente. Gratidão e ressentimento à parte, uma sensação esquisita toma conta de mim sempre que retorno de alguma viagem. Só me consolo quando vou a Palmas. Se o destino é o Centro-Sul, boto na cabeça que é eterno enquanto dura. Isso porque ainda não saí do Brasil. Tenho medo de o efeito se alargar após a primeira viagem ao exterior.</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-67801900394505368912008-08-27T21:35:00.004-03:002008-08-27T21:41:58.042-03:00Jorge da Capadócia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNNu6k6gxfxKrZzOZKtAclPS1uSno0al2mHXJ0CcqEMe9n8h9z-2c9Iof2s9BkVcX3DwDjWNKN-1BTn0Ob3MyxJBCpu57chBWPw8fWaDc49s60yPKLgBnAZh-XIaAVzoe3Rx0cjlx34gCd/s1600-h/BXK9360_sao-jorge800.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5239361365954717426" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNNu6k6gxfxKrZzOZKtAclPS1uSno0al2mHXJ0CcqEMe9n8h9z-2c9Iof2s9BkVcX3DwDjWNKN-1BTn0Ob3MyxJBCpu57chBWPw8fWaDc49s60yPKLgBnAZh-XIaAVzoe3Rx0cjlx34gCd/s400/BXK9360_sao-jorge800.jpg" border="0" /></a><br /><p>Depois de cinco assaltos, um furto e uma tentativa de seqüestro, “naturalmente” desenvolvi indícios de síndrome do pânico. É terrível. Raramente estou em casa. Quando estou, raramente tem mais alguém. Quando estou em crise, levo duas horas para tomar banho. Nos primeiros cem minutos, abro e fecho a porta do banheiro várias vezes. É só eu trancá-la que ouço barulho do cadeado da sala sendo aberto. Pé por pé confiro que não passa de imaginação, projeção do medo. Ligo o chuveiro e escuto passos na casa. Novamente, cauteloso checo e, surpresa, é coisa da minha cabeça. Toca o telefone. Sacanagem: do outro lado da linha ninguém se pronuncia. Perdi a noção do limite entre o que imagino e o que de fato ouço quando estas ocasiões vêm à tona. Na rua o temor é ainda mais superdimensionado. É um terror. Tenho medo até da minha sombra. Não precisa me cutucar para que eu assuste. Basta me fazer cócegas. Quando me toquei que se trata de pânico, me tornei devoto de São Jorge e recorro à intercessão dele sempre que me vejo diante de uma situação real ou imaginária de assalto ou qualquer outro risco. Desde então, fiz dessa música do Jorge Ben Jor a minha oração a São Jorge Guerreiro. Na verdade, Jorge fez da oração a letra da música:<br /><br />Jorge sentou na praça</p><br /><p>Na cavalaria</p><br /><p>Eu estou feliz</p><br /><p>Porque eu também</p><br /><p>Sou da sua Companhia</p><br /><p>Eu estou vestido</p><br /><p>Com as roupas</p><br /><p>E as armas de Jorge</p><br /><p>Para que meu inimigos</p><br /><p>Tenham pés e não me alcancem</p><br /><p>Para que meus inimigos</p><br /><p>Tenham mãos e não me toquem</p><br /><p>Para que meus inimigos</p><br /><p>Tenham olhos e não me vejam</p><br /><p>E nem mesmo pensamento</p><br /><p>Eles possam ter</p><br /><p>Para me fazerem mal</p><br /><p>Armas de fogo</p><br /><p>Meu corpo não alcançarão</p><br /><p>Facas e espadas se quebrem</p><br /><p>Sem o meu corpo tocar</p><br /><p>Cordas e correntes se arrebentem</p><br /><p>Sem o meu corpo amarrar</p><br /><p>Pois eu estou vestido</p><br /><p>Com as roupas e as armas de Jorge</p><br /><p>Jorge é de Capadócia</p><br /><p>Salve Jorge, salve Jorge</p><br /><p>Salve Jorge, salve Jorge</p>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-55920163835246934212008-08-26T00:28:00.003-03:002008-08-26T00:34:25.472-03:00É Freud<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4CL_1f7PPL1JwnB8id5Z72qLvbLCLUxe7g1huyle_7gJSYOm7R95Xxk9qWtMhHAR_UHc8d3KZAas_UOKn_fQ7ekXTH0ZneqYX6W4WzU6wLNUhDGrZm3qA1wx0GHmeA8i2cM4pELGWJlkN/s1600-h/Gordinha_sexy.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5238663793874435586" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4CL_1f7PPL1JwnB8id5Z72qLvbLCLUxe7g1huyle_7gJSYOm7R95Xxk9qWtMhHAR_UHc8d3KZAas_UOKn_fQ7ekXTH0ZneqYX6W4WzU6wLNUhDGrZm3qA1wx0GHmeA8i2cM4pELGWJlkN/s400/Gordinha_sexy.jpg" border="0" /></a><br />Faculdade serve para muitas coisas. A disciplina de Psicologia Social também. Annelyse, didaticamente, explicou que a psicanálise prega que criticamos nos outros o que não aceitamos em nós. Ok. Agora, depois da teoria, contextualizo. Sábado, no Bolshoi, fiquei observando um grupo de três mulheres. São maduras – depois descobri que o termo só pode ser aplicado à idade, porque uma delas não tem maturidade -, bonitas, elegantes. Reparei como estavam vestidas distintamente, mas elegantes, cada um em seu estilo. Quando saí, passaram por mim. Comento, infelizmente alto, com a Iris: “Aquela baixinha me lembra o estilo da Eula. Gosta de botas, vestido. A maior é parecida com você. Calça pantalona, blusa mostrando a barriga, mas sem ser vulgar”. Não tive tempo de comentar sobre a terceira, que achei a mais fina, de saia xadrez, escarpin, uma diva. A maior, que julguei parecida com a Iris, logo voltou com a garrafa na mão: “Quem é gorda aqui, meu filho? Seu gordinho "!@#$%¨&*()_+...”. Me atacou gratuitamente e equivocada. Não expliquei que estava, ao contrário do que pensaram, elogiando, porque até convencer que focinho de porco não é tomada já teria ganhado garrafada na cabeça. Eu vivo às turras com a balança. Sou vítima do efeito sanfona, ora emagreço, ora engordo, porém, não desconto em ninguém. Ela, que tem um corpo normal, nem gorda nem magra, deve ser complexada. Ou, ainda, naquele dia, a mãe, o namorado, o ficante, o feirante, o taxista, a amiga que queria derrubar, alguém disse que ela estava gorda. Ficou com aquilo na cabeça e tudo o que ouvia rimava com “gorda, gorda, gorda”. Então, para se vingar, aproveitou a primeira oportunidade para afirmar que quem era gorda ali não era ela. Tão bonita, mas tão precipitada...<br /><div></div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-60641928884900550382008-08-25T12:46:00.003-03:002008-08-25T12:49:55.069-03:00Digno de compaixão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkxV_I3RbUYdgN2bIhgcoV9MCVrVP-xyUljGPnIWvuAMDCa5_uY0Zv1HK-pOY7UFie_oY-JnuzcH6iduw6bVDhn1lFO4MQX3oS4-KgZEPpkA6HEXbZrAgjfBs8wlGB7Oj6MbR_f0ueL4L7/s1600-h/x1pNWjjkHJ3o_zbG-K5mDurnnGCxxfbpRHAT_0XbplS0hBGKsASTO27qmrrQVyqw_ixapje8oEthq2vlxWxAtPbyNU1OkylQsazndsBdk2Tu5s2nf5NTjzLbCPefJ3PX59DGyJ2cIP294E.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5238482841692578482" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkxV_I3RbUYdgN2bIhgcoV9MCVrVP-xyUljGPnIWvuAMDCa5_uY0Zv1HK-pOY7UFie_oY-JnuzcH6iduw6bVDhn1lFO4MQX3oS4-KgZEPpkA6HEXbZrAgjfBs8wlGB7Oj6MbR_f0ueL4L7/s400/x1pNWjjkHJ3o_zbG-K5mDurnnGCxxfbpRHAT_0XbplS0hBGKsASTO27qmrrQVyqw_ixapje8oEthq2vlxWxAtPbyNU1OkylQsazndsBdk2Tu5s2nf5NTjzLbCPefJ3PX59DGyJ2cIP294E.jpg" border="0" /></a><br />compaixão com.pai.xão sf (lat compassione) Dor que nos causa o mal alheio; comiseração, dó, pena, piedade.<br /><br />O sorriso se justifica pelo som, pelo sol, pelas perspectivas da jornada que reinicia, pelo próprio sorriso. Não tem como não começar bem a semana quando, na manhã da segunda-feira, a caminho do trabalho, se ouve aleatoriamente no playlist do MP3 Amy Winehouse, Djavan, Luiz Melodia, Mônica Salmaso e Norah Jones. Os espectadores involuntários podem não entender, mas a música ambienta a paixão. Pena que, nesse caso, trata-se ainda apenas de auto-paixão. Digno de compaixão.<br /><div></div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-61928743468199121042008-08-24T18:37:00.003-03:002008-08-24T18:48:08.341-03:00Escolhi ser feliz<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEwbKv5UfyTEqDgJMuSfAF4k_aP8l6Do1fbsefidN4f-F9mkzGOzLi7Z9M-m3Q1RsieA2y-U1kubDn2_AnhCr6CHK19tPIBv3VEzal-D_1bM8cYtIskwfBU3DoJ6LQvKh5dpV2xwcpxoPi/s1600-h/BeHappyGoob.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5238204050414003410" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEwbKv5UfyTEqDgJMuSfAF4k_aP8l6Do1fbsefidN4f-F9mkzGOzLi7Z9M-m3Q1RsieA2y-U1kubDn2_AnhCr6CHK19tPIBv3VEzal-D_1bM8cYtIskwfBU3DoJ6LQvKh5dpV2xwcpxoPi/s400/BeHappyGoob.jpg" border="0" /></a><br /><div>Desconfio de quem ainda não sabe o que é ser feliz. Momentos tristes até eu tenho. Coisa de momento é conceito de tristeza e alegria. Felicidade e infelicidade fazem parte da essência. Ou se é feliz ou se é infeliz. O verbo estar deve ser aplicado somente à alegria e à tristeza. Contentamento versus angústia. Se o contrário acontecer, há um problema sério. Pior do que isso, insolúvel. Porque problemas sérios todos nós temos. É o financiamento a ser pago até o dia 15. Esquecimento incorre em multas, juros e outras taxas que desequilibram nosso orçamento. É aquele dente com sensibilidade exacerbada, que nem Sensodyne e enxagüante bucal dão jeito. É aquela seleção na qual fomos reprovados. É aquele flerte que não conseguimos evoluir. É aquela fonte que pediu para retornarmos às 15. Pior. Às 20h50. Ligação refeita e o cara não atende. É a segunda-feira que tem de começar às 6 horas. É a sexta-feira que nem sempre acaba na madrugada de sábado. É aquela impossibilidade de balizar. É aquela amiga que você jurava que era, de fato, amiga. É aquele gerente que não te deixa em paz. É aquele professor que insiste em dizer que não tem nada contra você, mas não vai com a sua cara. É o show no Jaó que começa com horas de atraso. É aquele show do Ney Matogrosso que você jura que não vai começar no horário, mas ele é velho, sistemático e não se atrasa. Como você, atormentado pelos constantes atrasos, chega meia hora depois, são 30 minutos a menos de show. É aquela timidez que acha que te impede de ser feliz. Mas, na verdade, só aumenta seu charme. É aquele assessorado que pede orientação no domingo às 18h10 via e-mail, quando não liga na quinta-feira às 23h30. É sua mãe que se descobriu hipertensa e diabética. É seu pai que sofreu um acidente e quebrou todas as costelas. São os quilômetros de distância em rodovia caótica que os separam. É aquele tênis que você tanto quer, mas que foge da sua previsão orçamentária. É aquela camisa linda na liquidação. Não tem seu número! É aquele cabelo branco aos 23 anos. É aquele ponteiro da balança que não indica menos de 80. É aquela janela do MSN que nunca sobe. É aquele scrap que nunca chega. É aquele torpedo do Ciao. Bella, mesmo que você não goste de pagode e sertanejo, que te atormenta à noite, enquanto você espera aquela mensagem. É o telefone que toca. Pena. É engano. É o ar condicionado que te deixa sem voz. É o calor que te vence. É o aparelho ortodôntico que faz aniversário de cinco anos sem previsão de abandono. É a Adriana Calcanhotto que canta Fico assim sem você e você não tem de quem lembrar. É a espera em Congonhas. É a solidão em Ipanema. É o desassossego em Salvador. É Porto Alegre que não chega. É o isolamento no quarto do hotel. É o auto-abraço. Melhor assim do que viver sem. É o pior castigo. É a oração apressada. É a Bibi Ferreira em apresentação única logo no dia do seu plantão. É o Lulu Santos só para convidados. E você não está na lista. É a falta de percepção. É a distância. É a saudade. É o cardápio. É saber que inverno em Goiânia nunca mais. É saber que agosto passou a ser verão sem chuva. É ouvir Skyline Pigeon sozinho. Ainda assim, me considero a pessoa mais feliz do mundo. Não preciso de motivos meteóricos para isso. Minha felicidade não é fruto da minha juventude, do meu trabalho, dos meus estudos, das minhas duas famílias lindas – uma biológica e uma adotiva -, das minhas viagens, roupas, bebedeiras, livros, menus, peso, altura, cor. É resultado do meu conceito de vida. Há quatro anos adotei a postura de ser feliz incondicionalmente. Sigo à risca.</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-72650439968644043692008-08-21T11:34:00.003-03:002008-08-21T11:45:13.617-03:00Eu gosto dos que têm fome<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh43JlAKxDMEftEcT8LritEPpuNhaVEQZl3oOYcNORkLzP5k4dEN9Xf7VuPm0rUuhoFTyW8ZQLphXrjFVta4n8rBabfc3H2yYVvWVxP4woalmQzEt5CSYwPtiILgyJZBrcDqnEE1xce1_Im/s1600-h/IMG_6723.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5236982052940731490" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh43JlAKxDMEftEcT8LritEPpuNhaVEQZl3oOYcNORkLzP5k4dEN9Xf7VuPm0rUuhoFTyW8ZQLphXrjFVta4n8rBabfc3H2yYVvWVxP4woalmQzEt5CSYwPtiILgyJZBrcDqnEE1xce1_Im/s400/IMG_6723.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1gQDD3iVMbHCivIHHpIDvZGRrnkI07xHMxsNISY_IUfJbp8Po5S8_3xdQektwvfW2zmBJJwailXWlFWfCELNOc0TiJ5VRP9hJE1XbT7PjYXhEsEo8XOAO-AYZS8wK1UAzJBP0OGIdC2c0/s1600-h/IMG_6723.jpg"></a><br /><br /><div><br />Senhas 1992<br />Adriana Calcanhotto<br />in: Senhas 03:35</div><br /><br /><div></div><br /><br /><div>Eu não gosto do bom gosto</div><br /><br /><div>Eu não gosto de bom senso</div><br /><br /><div>Eu não gosto dos bons modos</div><br /><br /><div>Não gosto</div><br /><br /><div>Eu agüento até rigores</div><br /><br /><div>Eu não tenho pena dos traídos</div><br /><br /><div>Eu hospedo infratores e banidos</div><br /><br /><div>Eu respeito conveniências</div><br /><br /><div>Eu não ligo pra conchavos</div><br /><br /><div>Eu suporto aparências</div><br /><br /><div>Eu não gosto de maus tratos</div><br /><br /><div>Mas o que eu não gosto é do bom gosto</div><br /><br /><div>Eu não gosto de bom senso</div><br /><br /><div>Eu não gosto dos bons modos</div><br /><br /><div>Não gosto</div><br /><br /><div>Eu agüento até os modernos</div><br /><br /><div>E seus segundos cadernos</div><br /><br /><div>Eu agüento até os caretas</div><br /><br /><div>E suas verdades perfeitas</div><br /><br /><div>O que eu não gosto é do bom gosto</div><br /><br /><div>Eu não gosto de bom senso</div><br /><br /><div>Eu não gosto dos bons modos</div><br /><br /><div>Não gosto</div><br /><br /><div>Eu agüento até os estetas</div><br /><br /><div>Eu não julgo competência</div><br /><br /><div>Eu não ligo pra etiqueta</div><br /><br /><div>Eu aplaudo rebeldias</div><br /><br /><div>Eu respeito tiranias</div><br /><br /><div>E compreendo piedades</div><br /><br /><div>Eu não condeno mentiras</div><br /><br /><div>Eu não condeno vaidades</div><br /><br /><div>O que eu não gosto é do bom gosto</div><br /><br /><div>Eu não gosto de bom senso</div><br /><br /><div>Eu não gosto dos bons modos</div><br /><br /><div>Não gosto</div><br /><br /><div>Eu gosto dos que têm fome</div><br /><br /><div>Dos que morrem de vontade</div><br /><br /><div>Dos que secam de desejo</div><br /><br /><div>Dos que ardem</div></div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-55699432492462835522008-08-19T00:16:00.002-03:002008-08-19T00:27:51.247-03:00Eu não resisto a um bom texto bom<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEght17bBXWiw6EKWZZGWu8I2dyPDqtTtIsjA6jhYlm0Y8_NpKb2_mBkhf_MkOJF9XbUb5nQQ9BKXxOmQ8ASRinDc63CArSOsyIGagW_KlaPOWAXW9ZhcUROQFyza7KzFDoeQTRRFYpDNW12/s1600-h/emo%C3%A7%C3%A3o.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5236065330153178338" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEght17bBXWiw6EKWZZGWu8I2dyPDqtTtIsjA6jhYlm0Y8_NpKb2_mBkhf_MkOJF9XbUb5nQQ9BKXxOmQ8ASRinDc63CArSOsyIGagW_KlaPOWAXW9ZhcUROQFyza7KzFDoeQTRRFYpDNW12/s400/emo%C3%A7%C3%A3o.jpg" border="0" /></a><br /><div>Eu não resisto a um bom texto bom. É por isso que, mesmo sem intimidade, diariamente me locomovo por aqui. Paro, religiosamente, em blogs de pessoas que não me conhecem. Leio. Releio. Reflito. Até me emociono. Não consigo. Comento. Assim, se justificam minhas visitas virtuais a Vinícius Sassine, Deire Assis, Carla Borges, Aline Leonardo, Rimene Amaral, Rodrigo Alves, entre outros. E, impossível de conter, comentários, como se nos conhecêssemos, assinados por um anônimo sob a alcunha de Joãozinho. Ou João Camargo Neto. Ou Não existe pecado. Coisas de Google e família. Coisas de leitor ávido por identificação, por vida em forma de textos, por textos em forma de vida. Coisas minhas. Tão minhas.</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-7162626996451815132008-08-18T07:01:00.004-03:002008-08-18T07:20:53.913-03:00E os goianos, o que são?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDnjqFlQ9OcBTerFVNFNnqiVm3sehujbRqDw3kt6TFMibauC__i2HQkuJeEIoYte6X_pu6axJvOk7ihnrRchBv1HPn1ByJlC1xJn-aOqw4akKBo4C1FGqo1afp7hrL7cKk6tE4mxoku4fi/s1600-h/IMG_6592.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5235796992344110834" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDnjqFlQ9OcBTerFVNFNnqiVm3sehujbRqDw3kt6TFMibauC__i2HQkuJeEIoYte6X_pu6axJvOk7ihnrRchBv1HPn1ByJlC1xJn-aOqw4akKBo4C1FGqo1afp7hrL7cKk6tE4mxoku4fi/s400/IMG_6592.jpg" border="0" /></a><br /><div><strong>João Camargo Neto:</strong> Cariocas são bonitos, bacanas, sacanas, dourados, modernos, espertos, diretos e não gostam de dias nublados. Cariocas nascem bambas, craques, têm sotaque, são alegres, atentos, sexys, tão claros e não gostam de sinal fechado. Você conseguiria definir os goianos, tal como fez com os cariocas?<br /><strong><br />Adriana Calcanhotto:</strong> Acho que não conseguiria, precisaria morar aí...<br /><strong><br />João Camargo Neto:</strong> E você, leitor?</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-15755965406255286822008-08-14T21:12:00.001-03:002008-08-14T21:16:55.702-03:00E eu que achava que não existe pecado<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1yTomh98KySju_Cwl4bTm3eamE5GZdFtv0fem4Q1EZzVRqj6iqXg9bWF0JSOnJQ6KhOXIYFmGr5S2Qkte15hQMkB5xyGZKHavKX55_g6TUFlpqHkHr2dn71vgO2QRIbB9V07E2WrAzUkB/s1600-h/Bebendosozinho.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5234531757130432514" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1yTomh98KySju_Cwl4bTm3eamE5GZdFtv0fem4Q1EZzVRqj6iqXg9bWF0JSOnJQ6KhOXIYFmGr5S2Qkte15hQMkB5xyGZKHavKX55_g6TUFlpqHkHr2dn71vgO2QRIbB9V07E2WrAzUkB/s400/Bebendosozinho.jpg" border="0" /></a><br /><div>Me enganei ao concordar que não há pecado. Na verdade, existe um: beber sozinho. E o pior é que já o cometi. Ando resistindo à tentação para não cair nele novamente, mas tem sido cada vez mais difícil. Tenho vontade de beber uma latinha antes de dormir. Relaxaria e capotaria em paz. No sol das tardes de domingo também bate aquele desejo de molhar a goela com o líquido fermentado. Volto a Pirenópolis há cerca de dois anos. Gente, foi deprimente. Fui sozinho em uma viagem a trabalho. Depois da tarefa cumprida, final de noite, sentei na mesa de um bar da Rua do Lazer e pedi uma cerveja. Que depressão! Quase chorei. Eu bebia, bebia e, quanto mais bebia, mais a cerveja se procriava. Tive a impressão de que não acabaria com ela nunca, mas senti que ela me exterminaria, porque estava me deixando para baixo. Foi nessa situação que me toquei que MC Catra é um experimento científico infeliz e malsucedido do Biquíni Cavadão. Eu, hein?! Saí daquela situação em 30 minutos antes que ela não saísse de mim. Hoje, toda vez que me dá vontade de beber e estou sozinho, rememoro o fato e tomo um achocolatado.</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-61075785973552261862008-08-11T08:56:00.003-03:002008-08-11T09:15:19.760-03:00Pizza austríaca<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF9KI4pkePqeZEBBOTnuAzJW6nk94XzsmxhrfSL3Q4kuaerlbLXxPohQtfeubBA2mqh_VBzhr7jKt0PhcupYJINZfOlAiXJn69l8beCp7_WThltv41VYYWTIM67XXX-oju5r9f47XkxkX2/s1600-h/ist2_3558504_artisan_pizza.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5233230791616174514" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF9KI4pkePqeZEBBOTnuAzJW6nk94XzsmxhrfSL3Q4kuaerlbLXxPohQtfeubBA2mqh_VBzhr7jKt0PhcupYJINZfOlAiXJn69l8beCp7_WThltv41VYYWTIM67XXX-oju5r9f47XkxkX2/s400/ist2_3558504_artisan_pizza.jpg" border="0" /></a><br /><div>Comer bem e barato em Goiânia é possível. Recomendo, desta vez, o Café Áustria. Trata-se de uma pizzaria no Setor Pedro Ludovico Teixeira, de propriedade de um austríaco. Fica entre o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e o Terminal Izidória. O espaço é pequeno e simples, porém, bem decorado e com músicas agradáveis. Minha indicação é a pizza Viena. Divina!</div><br /><div></div><br /><div>P.S.: Comece o pedido pelo vinho. A adega não é climatizada e você precisará pelo menos de meia hora para tomá-lo na temperatura ideal, já que é resfriado com gelo no balde. Demore um pouco para pedir a pizza. Em três minutos fica pronta. É assada em forno à lenha.</div><br /><div></div><br /><div><strong>Serviço</strong></div><br /><div><strong><em>Pizzaria e Café Áustria</em></strong></div><div> </div><div>Rua 1028, Quadra 65, 102, Goiânia</div><div>+55 (62) 3281-2095</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-7008228535369869362008-08-10T16:20:00.002-03:002008-08-10T16:28:50.245-03:00Nenhuma medalha até agora<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQl-DDNBN1yUkh5DzE13zsCeBA7w_ToHoiCHmj8GoywtsYBhBRSSEK0hpxQ9CPGRbOdWJQTaPIx8Trf-5OiN1DCCzrWpHg4AwmuM82UGlG6V2MbpfjYPMaFrItDLpebj0CP-ETudGXRpwv/s1600-h/calcanhoto.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5232973176055873922" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQl-DDNBN1yUkh5DzE13zsCeBA7w_ToHoiCHmj8GoywtsYBhBRSSEK0hpxQ9CPGRbOdWJQTaPIx8Trf-5OiN1DCCzrWpHg4AwmuM82UGlG6V2MbpfjYPMaFrItDLpebj0CP-ETudGXRpwv/s400/calcanhoto.jpg" border="0" /></a><br /><div>Competições esportivas mundiais sempre me frustraram. Com exceção à Copa do Mundo, esses eventos competitivos internacionais me amarguram do início ao fim. Como o Brasil não investe maciçamente em outros esportes que não sejam o futebol, nosso país sempre sai mal colocado. Até agora, nenhuma medalha nas Olimpíadas. Nações bem menores, como Coréia do Sul, começam e terminam à frente da gente. O que eu gosto mesmo de ver são as aberturas. Jamais vou esquecer o início dos Jogos Pan-Americanos, ano passado, no Rio de Janeiro. Elza Soares, recém-operada, cantando o Hino Nacional, e Adriana Calcanhoto interpretando Acalanto, do Dorival Caymmi, são inesquecíveis. Ivone Silva estava ansiosa pelo início desses jogos de Pequim. A onda horrorosa de dar inveja a Hitchcock que toma conta do noticiário fez até que eu também os aguardasse com expectativas. Mesmo que o índice brasileiro não seja à altura de sua magnitude, é melhor que os jornais sejam tomados de notícias esportivas made in China.</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-73696010984177454372008-08-09T23:42:00.003-03:002008-08-09T23:48:47.108-03:00Sem vocação para vendas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuuA3perlURQKQGBhvC2bazx23JuhxCZt04XMmA46GwNfEH5VTvF-Rfh-C6e8rHl1yxFylxQt7E5IujRYgwtmpBhMNsvxmSqTW0Z4G9RiFPWvxbFvr6YQyH7k_uTGDFOcFTTA76OzsdDNe/s1600-h/carrodepicole.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5232714457048270034" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuuA3perlURQKQGBhvC2bazx23JuhxCZt04XMmA46GwNfEH5VTvF-Rfh-C6e8rHl1yxFylxQt7E5IujRYgwtmpBhMNsvxmSqTW0Z4G9RiFPWvxbFvr6YQyH7k_uTGDFOcFTTA76OzsdDNe/s400/carrodepicole.gif" border="0" /></a><br />No primeiro dia útil em Itapuranga, aos 11 anos, fui até uma sorveteria bem cedo e peguei um carrinho de picolé para vender na rua. Fiquei plantado no centro da cidade bem na esquina de um banco, que ficava de frente para outro. Movimento grande: aposentados, catireiros, agiotas. Minha expectativa era vender muito para que, quando fosse entregar o carrinho, ganhasse um picolé de recompensa, além das moedas. Vendi apenas um. Quem comprou? Dona Alzira Maria de Moura, minha professora do pré à quarta-série, que deu aula também para meu pai e meus tios. Ela tinha ido à cidade sacar o salário e, caridosamente, foi minha primeira cliente. E última. Percebi-me sem vocação para vendas. Na verdade, eu queria vender porque meu primo Léo vendia picolé empurrando carrinho na rua também. E vendia tanto que, além do percentual em cima das vendas, ganhava um picolé ao final do dia. E era essa cortesia que eu almejava. Consegui me explicar o meu fracasso. O insucesso da empreitada teve um motivo relevante. Na quinta série eu estudava à tarde. Então, só podia trabalhar de manhã. De manhã, faz frio. No frio, ninguém compra picolé. Voltei para casa já pensando em outra tentativa. Em outro segmento, claro.Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-16238957418010066532008-08-06T23:01:00.002-03:002008-08-06T23:04:30.657-03:00Perdão por ter mentido, pai<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZKQj_K42UTgHy-NOMesF8HP3XPvj_LVLqpS4AFYtxRYwbanNBXFxowQBW7ZdLIBD1B-fyiBDrE-BHLDCkuVe_kwS6cdspeE4kWwZmuaCQpDIRNLIK455WxFCcm-2r_aE6FqHWh7gK4fke/s1600-h/DSC08463.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231590554740067106" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZKQj_K42UTgHy-NOMesF8HP3XPvj_LVLqpS4AFYtxRYwbanNBXFxowQBW7ZdLIBD1B-fyiBDrE-BHLDCkuVe_kwS6cdspeE4kWwZmuaCQpDIRNLIK455WxFCcm-2r_aE6FqHWh7gK4fke/s400/DSC08463.JPG" border="0" /></a>Quando fiz seis anos meu pai começou a me levar para a roça. O arrependimento bateu poucos anos depois. Ele não se arrependeu porque acha que isso me fez algum mal, até porque não fez mesmo. O arrependimento paterno tem motivo mais pragmático. Para convencê-lo de que eu era péssimo de enxada, não usei palavras. Em vez de arrancar o mato, as ervas daninhas, eu capinava as moitas de arroz e de mandioca. Nunca me deu uma foice. Tinha certeza da minha inabilidade para roçar pasto, mas ainda cria que eu serviria para algo na fazenda. Embora não contasse o motivo, eu chorava para não ter de ir à roça. Gostava apenas de levar o almoço que minha mãe fazia. Carregar as marmitas debaixo do sol do meio-dia era divertido. Afinal, era rapidinho. Eu teria a manhã e a tarde toda para ler na mangueira, meu local predileto, e à noite não estaria tão cansado. Somente aos 11 anos papai percebeu a minha inaptidão total para os serviços rurais. Uma frase – vou ser fiel à transcrição – mudou o roteiro das coisas em 1995: “Eu comprei um barracão na rua e ocê vai mudar pra lá com a sua mãe e a Tatiane”. Rua é como ele chama a cidade, Itapuranga, até hoje. Desde então, há 12 anos, volto ao Córrego da Onça apenas a passeio, algum final de semana de dois em dois meses. E não é de ver que ele não se arrependeu da decisão? É provável que eu dava prejuízo na colheita. Ainda bem que ele não parou para calcular quantos pezinhos de arroz e mandioca – era só o que plantávamos – eu cortei propositalmente. O que mais o intrigou foi a minha contradição. Cresci dizendo que queria ser igual a ele quando crescesse: comprar uma enxada e ir para a roça. Pois, João.<br /><br />“Conte sua história Pois sua memória Pode um dia se apagar”<br />Pato Fu, em Mamã PapáJoãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-82605768127502177372008-08-05T14:01:00.003-03:002008-08-05T14:06:15.720-03:00Uso meu casaco de ursinho panda onde, quando e como quiser<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Jw_LeqBIMkgqFi9zeTUztgQzx2H7qNWXcg_rd3MRFlyGhBiEkBmILVAF-RNjgPPPe1v0W8eN48eQYWAJT5WqrRujrfN0Yx6xphwV_4aNjur9zqn5mir4GXJWgPxX1MKvOOupVPLHyCl3/s1600-h/panda.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231080373116434386" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Jw_LeqBIMkgqFi9zeTUztgQzx2H7qNWXcg_rd3MRFlyGhBiEkBmILVAF-RNjgPPPe1v0W8eN48eQYWAJT5WqrRujrfN0Yx6xphwV_4aNjur9zqn5mir4GXJWgPxX1MKvOOupVPLHyCl3/s400/panda.jpg" border="0" /></a><br /><div>Enquanto almoçava naquele restaurante sempre barulhento – estou envelhecendo – lembrei de uma história constrangedora e engraçada. Até os 11 anos, morei na fazenda com pai, mãe e irmã. Nessa idade, chegou a hora de fazer a quinta série e a professora da zona rural, dona Alzira Maria de Moura, dava aula somente até a quarta. Mudamos mãe, irmã e eu para Itapuranga. O pai ficou na fazenda e só o víamos às quartas, quando ele ia de bicicleta à cidade, e aos finais de semana, quando vovô nos buscava para passarmos o fim de semana em casa. No primeiro dia de aula, coloquei o meu melhor moletom. Era lindo. Meu pai comprou para o início das aulas. Era branco com ursinhos pretos. Bem meigo mesmo. Eu estava louco para usá-lo logo. E nada melhor do que estreá-lo no primeiro dia de escola urbana. Tudo bem até aí, não fosse fevereiro – calorzão. Quer saber mais? Meu turno era o vespertino. Nem aí, fui de blusa de frio para o colégio. Claro! Queria usar aquela peça bem como Adriana Calcanhoto quer comer Caetano até hoje. Aquela não foi a minha primeira vexação em público em ambiente educativo. Na fazenda, eu era sempre ridicularizado. Lembro que, debaixo do sol das 13 horas, na calçada, acompanhado de mãe e irmã, estava todo lindo com a blusa de manga longa. Risos daqui. Risos dali. Até que saquei que estavam me chacoteando porque eles juram que casaco não combina com o sol da uma da tarde de um fevereiro itapuranguense. Discretamente, fui ao banheiro. Acho que foi a primeira vez que tirei a roupa de frio sem a ajuda da minha mãe. Voltei, todo tímido – coisa de sagitário -, para o lado dela, já sem minha roupa nova. Soou o apito. Todos entraram. Minha mãe foi embora. Eu fui estudar. Ninguém tocou no assunto.</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-69527464274554464782008-08-04T23:11:00.003-03:002008-08-05T21:31:57.869-03:00Maré de saudade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIYawsmYaSxtsxwg7gq_Fa_r8VB50KEnMc1pCRtgfhP_HveOWmXBOCpv0QRsrPjLsM78BtccdOFQjv9MQDYVDlZibiIWh1GgSuSTZVlp6Pzs98VkbLIPRbuNiim12smvemRgV5klIGrd3J/s1600-h/pensamento.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231195904908656402" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIYawsmYaSxtsxwg7gq_Fa_r8VB50KEnMc1pCRtgfhP_HveOWmXBOCpv0QRsrPjLsM78BtccdOFQjv9MQDYVDlZibiIWh1GgSuSTZVlp6Pzs98VkbLIPRbuNiim12smvemRgV5klIGrd3J/s400/pensamento.jpg" border="0" /></a><br /><div>Seu Pensamento<br /><br />Composição: Adriana Calcanhoto<br /><br />A uma hora dessas<br />Por onde estará seu pensamento<br />Terá os pés na terra<br />Ou vento no cabelo?<br />A uma hora dessas<br />Por onde andará seu pensamento<br />Dará voltas na Terra<br />Ou no estacionamento?<br />Onde longe Londres Lisboa<br />Ou na minha cama?<br />A uma hora dessas<br />Por onde vagará seu pensamento<br />Terá os pés na areia<br />Em pleno apartamento?<br />A uma hora dessas<br />Por onde passará seu pensamento<br />Por dentro da minha saia<br />Ou pelo firmamento?<br />Onde longe Leme Luanda<br />Ou na minha cama?</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-67615716677482930222008-08-03T15:28:00.002-03:002008-08-03T15:33:20.033-03:00Ilusão é coisa para travesseiro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCrz8k6DOVGqMlrc3ApxPGpWKhjADTvt6QeSgCZk0bp9hRQXKMJQvZnUdfwj46w7pi35FcTQR-jyYVq-ZFxB0MnNp4PUC8QK0Y2WgkrI4kJ8OunhbYKYaxV0tQYXTSZ8zG_ytBfs8RGsLC/s1600-h/2007-rf-zuco-103-22.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5230361268964890034" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCrz8k6DOVGqMlrc3ApxPGpWKhjADTvt6QeSgCZk0bp9hRQXKMJQvZnUdfwj46w7pi35FcTQR-jyYVq-ZFxB0MnNp4PUC8QK0Y2WgkrI4kJ8OunhbYKYaxV0tQYXTSZ8zG_ytBfs8RGsLC/s400/2007-rf-zuco-103-22.jpg" border="0" /></a><br /><div>É triste ser tão só, tão carente. A qualquer sinal de simpatia, a gente já colore o gesto e imagina situações de bem-querer. Mesmo quando, na verdade, não passa de um sinal puramente amistoso. Quando se acha que algo pode dar certo, o fim já é avistado. Tão efêmero. Não começa e já acaba. Nada como ouvir o novo álbum do Zuco 103 – apesar de o título ser After the Carnaval – e ter de quem lembrar. Isso ninguém tira! Ligar e a chamada ser inócua, senão dói, ao menos aflige. Ficar de butuca para ver se aparece. Olhar o relógio e calcular quantos minutos – sendo que são horas, dias – faltam. Olhar para frente e perder-se no tempo, sem esperança. Lembrar. Imaginar-se do lado. Junto. Situação confusão. Para quem vem e para quem vai. Para quem fica, então, lágrimas nos olhos.</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-39940419353465594242008-07-29T10:51:00.003-03:002008-07-29T11:02:36.539-03:00Amizade é pra poucos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFdwp_otypCjF2nlvRz7x99-44O2mCWokOj3-95BWP_BRuAxHi8HFkCHarURBLj0bd_l4TKePtnDjsKLPNB1OaXIrqNA8ekQUlEt4eq-VNKNkKLRufgDucCpNHTdvNUtPYKzyowbfAr2fb/s1600-h/amizade.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5228436005046514130" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFdwp_otypCjF2nlvRz7x99-44O2mCWokOj3-95BWP_BRuAxHi8HFkCHarURBLj0bd_l4TKePtnDjsKLPNB1OaXIrqNA8ekQUlEt4eq-VNKNkKLRufgDucCpNHTdvNUtPYKzyowbfAr2fb/s400/amizade.jpg" border="0" /></a><br /><div>Um dia a gente cresce. Até esse dia chegar, a gente briga. Eu parei de brigar. Cresci? Ao fazer a pergunta, abro meu Windows Media Player e, ironicamente, a primeira palavra que leio é o nome de uma música da Zélia Duncan: Não. Vou desconsiderar. Não foi sinal divino. Apenas coincidência. Sim, quando a gente quer, elas existem. </div><br /><div>Lembrei das brigas horríveis, de chorar mesmo, entre Polliana e eu. E nos amamos tanto. O distanciamento da Marilena por motivo, pra mim, tão insignificante. Depois, a Iris. Enfim, pessoas que eu sempre quis muito bem e que sempre me desejaram da mesma forma. De uma hora para outra, deixaram de freqüentar ocasiões proporcionadas por amigos em comum pelo constrangimento de me encontrarem. Graças a Deus, passou. Passou com as três.</div><br /><div>Já que blog é diário - o meu é -, vou fazer de conta que estou escrevendo só pra mim. Com a Polliana, avalio que a relação está totalmente amadurecida e quero crer que não caíremos nos mesmos pecados.</div><br /><div>Outras análises são prematuras.</div>Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8762395618549093418.post-23629047406789644482008-07-27T22:46:00.004-03:002008-07-28T00:36:33.934-03:00A saudade é uma rosa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio7fDsMOtdaVSZF9eMXfr6jKJXwSPusNeS9rH3tNz_84So4sMLq5NeJ0_reXCj8B_kXtBxLl5v7u8uQzSMzPG6C6ehlyH_R9Nn9H_XmeMBi14gZlTDZRIEwhX-7Fzrg_rvnnJsBeVG1bRp/s1600-h/DSC05817.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5227878067291061474" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio7fDsMOtdaVSZF9eMXfr6jKJXwSPusNeS9rH3tNz_84So4sMLq5NeJ0_reXCj8B_kXtBxLl5v7u8uQzSMzPG6C6ehlyH_R9Nn9H_XmeMBi14gZlTDZRIEwhX-7Fzrg_rvnnJsBeVG1bRp/s400/DSC05817.JPG" border="0" /></a><br />Quando não estou pensando em escrever no blog, tenho várias idéias de textos para ele. Quando faço login, todas somem. Aline Leonardo não sabe, mas ela me inspira muito. Os textos na Caneca da Nina, com os quais me identifico bastante, e as belas fotografias do álbum no Orkut... Acabo de ver uma imagem dela em Londres. Fui arremessado à Europa e, ao mesmo tempo, ao medo que tenho de sair daqui.<br />Andrea Régis está em Zurique. Polliana, uma de minhas melhores amigas, também morou na Europa. E voltou. Acaba de regressar a Goiânia. Ana Lúcia, minha prima, e Léo, irmão dela, estão na Espanha. Tiago, meu primo, na Itália. Sheila, filha da tia Maria, em Portugal. Se eu listar, preencherei várias laudas com nomes de amigos próximos e parentes que partiram do Brasil para estudar ou trabalhar fora. E voltaram, de alguma forma, superiores. Não por terem residido na Europa, mas por terem passado por várias experiências que aqui não teriam enfrentado.<br />Agora é a vez de Cristina e Reale. São bastante corajosos. Não são aventureiros. Voltarão ainda melhores. Melhores pessoal, acadêmica e profissionalmente. Estudar no país natal já é um privilégio do qual a maioria de nós, do universo dos blogs, pudemos desfrutar. Estudar na Europa, na África, na América do Norte ou na Oceania é missão para pessoas de coragem, iluminadas. O medo é natural. A luz está na coragem de enfrentá-lo. Não temer o novo - esperado e inesperado - é magnífico e reservado a poucos.<br />Gostaria de também ter o desapego de, a qualquer momento, me mudar para onde o vento soprasse, mesmo que fosse para ali, Brasília, por exemplo. Não, não. Rio de Janeiro! Invejo – sentido positivo, hein – Andrea, Polliana, Léo, Aninha, Sheila, Aline, Cristina e Reale.<br />São dignos da minha admiração. E, de certa forma, o mundo é mesmo cíclico. Polli já está aqui há cerca de um mês. Daqui a pouco a Andrea – para quem está na Europa, considero São Paulo “aqui”. Léo e Aninha sempre vêm. O tempo vai passar rapidinho e, não tenho dúvida, logo estarei abraçando novamente – tal como ontem, um dia tão agradável – Cristina e Reale. E, em vez de repetir “vão com Deus”, a frase será outra. "Sejam bem-vindos".<br />Mesmo assim, de lá, ouvirão muitos “welcomes”. Ao mundo novo do Velho Mundo. Ao frio dinamarquês. Ao verão europeu. Aos finais de semana nos parques, nos museus, nas praias, nas pontes, nos lagos, nas montanhas e outros pontos turísticos mais desejados.<br />Saudade não é apenas uma palavra com significado somente em português. É um sentimento doloroso se não for bem trabalhado. O peito pode apertar. E vai. Os olhos podem lacrimejar. E vão. O sono pode esvair. E já está, né, Cris e Reale?! Mas tolice seria não agarrar a oportunidade e enfrentar o novo por medo de passar por situações das quais ainda não temos domínio. Ele logo virá.<br />Por fim, luck – porque toda sorte é boa. Em breve – que sejam dois ou cinco anos –, vocês receberão muitas boas-vindas. Dessa vez, em português. E não será o de Portugal.Joãozinhohttp://www.blogger.com/profile/00954872123216833229noreply@blogger.com1